Mais uma vez a comunidade pelotense compareceu em massa para o encerramento do 11º Festival Internacional Sesc de Música. A noite quente e sem vento animou ainda mais o pelotense a ir até o Largo Edmar Fetter, no Mercado Central, onde o espetáculo ocorreria. De cadeira em punho ou mesmo preparada para ficar de pé, a plateia formada por pessoas de diferentes idades aguardava com ansiedade os primeiros acordes da Orquestra Acadêmica, sob regência do maestro Evandro Matté.
Antes do começo do concerto, o presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn, por meio de vídeo, saudou o público, agradeceu a Pelotas pelo acolhimento ao Festival e anunciou a 12ª edição para janeiro de 2024. A confirmação de mais uma temporada no município foi motivo de muitos aplausos da plateia.
Para o programa da noite foram selecionadas composições brasileiras e internacionais da música de concerto. As primeiras três composições deram uma mostra ao público da diversidade que eles teriam nesta noite.
Para a abertura, os 100 instrumentistas tocaram uma peça de Mozart Camargo Guarnieri, Danças brasileiras. Na sequência subiu ao palco a soprano japonesa Eiko Senda, que interpretou Pace, pace mio dio, da ópera A força do destino, de Verdi. Ainda no roteiro o violinista chinês Yang Liu foi o solista de Árias ciganas, de Pablo Serasate.
Tradição em família
Morador do Santa Terezinha, o casal formado pela Técnica em Alimentação Escolar, Jussara Rodrigues, 54, e o recenseador José Carlos Marques, 59, contou ao Diário Popular que este ano não conseguiu acompanhar a programação de eventos públicos, mas fez questão de ir ao encontro do último concerto. “Já é uma tradição a gente sempre acompanha o concerto de encerramento. O Festival é muito bom”, falou Jussara.
Marques disse que gosta tanto de música erudita, quanto popular, por isso o programa do Festival sempre o agrada. Para o recenseador ficaria melhor se o evento se repetisse no inverno. “Quem sabe um festival de inverno, poderia ser de jazz ou até MPB. A cidade ganha com a movimentação, todo mundo ganha.”
Jussara conta que quando mais jovem a cidade oferecia muitos festivais, não só de música, mas de teatro também e hoje ela sente falta dessas atrações ao longo do ano. “Eu adorava, ia a tudo. Agora temos este festival, ainda bem.”
Junto com os amigos, o universitário Fernando Filho se mostrou preparado para o evento, ele levou quatro cadeiras de praia para que o grupo ficasse bem acomodado. O jovem contou que esse foi o primeiro ano em que conseguiu acompanhar vários espetáculos, mais precisamente, seis deles. “Mas o que eu mais gostei foi da Orquestra Mundana Refugi”, revelou.
“Nós sempre vamos ao encerramento”, conta o pintor predial Nelson Rodrigues, 54, referindo-se a ele a família. Junto com a mulher, a técnica em Enfermagem Suzane Rodrigues, 52, e os dois filhos adolescentes, o casal se acomodou bem em frente à prefeitura para apreciar o evento pelo telão.
A família também não conseguiu ir a outros concertos, mas afirmou que gosta muito do Festival e costuma prestigiar os espetáculos. Rodrigues elogiou a organização e a colocação do telão para que mais pessoas pudessem acompanhar o último concerto sem precisar buscar um lugar próximo ao palco. “Está cada vez melhor”, disse.
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